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Brigada Aliança procura empresas parceiras

Atualizado: 17 de fev. de 2023

Venha fazer parte da solução para a redução das queimadas na Amazônia, no Cerrado e no Pantanal


As chuvas que caem em boa parte do Brasil nesta época do ano costumam apagar da memória da maioria das pessoas as imagens do fogo consumindo grandes extensões de vegetação nativa e ameaçando milhares de espécies da fauna e da flora brasileira. Na Aliança da Terra, porém, elas continuam vivas, como um alerta de que há muito trabalho a ser feito até que, com a chegada do período das secas, os incêndios voltem e tragam prejuízos à produção e ao meio ambiente em propriedades rurais e áreas de conservação.


No início de fevereiro, a Aliança da Terra comunicou a produtores dos estados do Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso o encerramento das atividades de cinco bases da Brigada Aliança no Pantanal. Desde 2021, a presença dos Guerreiros do Fogo provocou uma transformação na abordagem da questão do fogo na região. Mais do que equipes altamente capacitadas e equipadas, a Brigada Aliança levou para o Pantanal estrutura de tecnologia para detecção de focos de incêndio com uso de satélites e de um sistema de inteligência territorial, além de uma tecnologia social voltada a engajar produtores e as comunidades, transformando-os em aliados na luta contra o fogo.


Os resultados são eloquentes. Com as cinco equipes, a Brigada Aliança atuou em uma área de cobertura total de 9 milhões de hectares (sendo 415 mil hectares monitorados em 178 propriedades cadastradas). Nos dois anos de atuação no Pantanal, foram mais de 2,6 mil horas de ação em combate em 188 incêndios. Resultado: a área queimada nas fazendas cadastradas, que em 2020, antes da chegada da Brigada, havia sido superior a 42 mil hectares, foi reduzida em 99%. Em 2022, foram apenas 434 hectares. Considerando a área total monitorada (2,1 milhões de hectares), a redução da área queimada foi de 97,6%.

A interrupção das operações da Brigada no Pantanal foi resultado do fim do contrato que mantinha essas bases nesses dois anos. Tão importante quanto a diminuição dos prejuízos foi o trabalho de conscientização promovido pelos brigadistas, seja no contato diário com as comunidades, seja em treinamentos específicos para levar às propriedades rurais conhecimentos de prevenção, segurança e combate. No total, 367 voluntários foram capacitados.


Com o fim das atividades no Mato Grosso do Sul e no Mato Grosso, este ano, uma preocupação adicional agita os gestores da organização. “Estamos em busca de parceiros interessados em fazer parte da solução para questões do fogo nos Biomas Brasileiro”, afirma Caroline Nóbrega, gerente-geral da Aliança da Terra. A organização mantém a Brigada Aliança, uma das mais capacitadas equipes de prevenção e combate a incêndios florestais do País, com mais de 13 anos de atuação destacada em diferentes regiões do país e com um forte apoio técnico-científico pela equipe de escritório.


“Buscamos agora formatar parcerias com empresas que tenham em sua missão o cuidado com o meio ambiente e com as pessoas”, afirma Caroline. “Nossa Brigada foi formada para trazer uma solução real, baseada na ciência e na capacitação de profissionais”. Por esse motivo, o trabalho começa bem antes da estação seca e se estende durante o ano todo.

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